sexta-feira, 2 de julho de 2010

Uma observação feita com uns amigos

Sequidão ou então enchente, 
Famigerante delírio nacional!

Estávamos num ato vicissitoso sim, mas o virtuoso senso crítico se ouvia:
Já era madrugada ou próxima, ela fazia em nossas cabeças o contrário efeito inebriante, típico das noites esquecidas de tudo, na periferia de São Luís.
Falávamos de futebol, afinal somos brasileiros, um amigo lembrou que vários irmãos nossos nordestinos, estavam nos exatos momentos em que ali estávamos e nos seguintes desabrigados depois das cheias e ressacas dos rios e marés, no refluxando-se a natureza em sua fúria divina e espontânea, desastrava cidades e estados, em Pernambuco e Alagoas, suas cidades litorâneas davam-nos um prévio e destrutivo aviso a todo o enorme litoral brasileiro.
No entanto, muitos nem liam as notícias sequer se importavam com a situação daqueles que passavam por um tremendo perrengue que está se notando comum nas diversas realidades do país que vem lucrando muito com as dádivas de sua conjuntura natural e cultural de preciosidades e acidentes, causados muitas vezes com conhecimento e do risco que é ser pobre (povo) no Brasil que depois de muitos anos de consolidação da democracia ainda não realizou um plano de Estado forte em educação e que sofremos também por falta de apoio de quem se elegem.
Contudo tudo estaria muito bom se fossemos campeão do mundo no futebol?
“Salve a seleção” como diz o famoso cancioneiro das copas históricas?
Nos perguntávamos também da possibilidade real de um futuro, onde a nossa infância fosse protegida mesmo com as bolsas assistencialistas, mais e mais é necessária uma valoração digna, um mínimo já seria o ideal, desta faixa da população que gozadamente é o futuro desta nação despatriada forçosamente orgulhosa apenas do futebol e carnaval, revelando nossa deficiência de renovação desmistificada na comunicação social dos feitos dos “brasileiros”, sem sermos apenas uma promessa e nunca será cumprida se não se fizer mais por esse nós que só se lembra de 4 em quatro anos, revelo um temor que compartilho com todos, acho, de termos muito desperdiçado e despertarmos as cobiças e iras de povos da guerra, ou mesmo uma implosão da violência polarizada nos centros financeiros e seus poderes paralelos o que seria até notaria diante das muitas injustiças que sempre afligem os mais pobres em constante proliferação, tomando o poder teríamos o reino da alienação popular, o que não se pode de todo recriminar pois o que quer dizer democracia, afinal.             

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